Eu quero saber onda tá o

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O tempo não pode parar 15 -Continuação-

Olhei pros lados . Não podia ser verdade que Ricardo estava sorrindo para mim . Mas, ou ele sorria para mim ou para uma velha senhora que estava um pouco distante de mim . Bom , ela podia ser a avó dele. Ele podia muito bem sorrir para a avó dele.
"Oi , belezura."- Falou Ricardo , para mim , me encarando com um sorriso um tanto atraente.
"Hein ? "- Falei, franzindo o cenho
"Tudo bem com você?" - Disse ele
"Sim , eu estou bem . "- Disse isso e logo saí de perto , mas ele me seguiu.
"Que cara chato !"- Pensei , acho que alto demais.
"Eu chato ? Que isso , linda!" - Falou ele , agarrando no meu braço. Odiava e ainda odeio quem pega no meu braço com intuição para me puxar para perto. Encaro isso como um insulto. Não sei bem porque , mas eu não gosto.
"Me solta, seu ...." - Procurei para palavras que descrevessem tudo que eu sentia por ele ; nojo e desprezo .
"Idiota? Imbecil?" - Falou ele , sorrindo.
"Pode ser!"- Disse , com uma cara de raiva estampada na cara.
Ele apenas riu . Tinha uma leve impressão que ele ria de mim . 
"Qual a graça ?"- Perguntei , sem entender.
"Você é uma coitada!"- Ele disse , parando de rir e colocando uma expressão séria no seu rosto , que antes , me fazia sonhar , mas hoje , me fazia ter pesadelos .
"Cala a boca!"- Eu disse, com tanta raiva , que acho que estava vermelho e com fumaça saindo pelos ouvidos.
Quando estava a ponto de explodir, vi o motivo daquele garoto repugnante vir falar comigo; Giovana.
Percebi isso quando uma garota magrela e com cabelos cor amarelado apareceu bem atrás dele , com um semblante que falava " O que está fazendo com meu homem ? Baranga!".
"Por que está falando com ela?"- Ela perguntou usou a palavra "ela" com tanta ênfase que me assustei. Ela falou aquela frase quase cuspindo as palavras de sua boca. Soando da pior forma possível o "ela" . E só ai eu notei que o "ela" era eu. 
"Ei! "- Falei. Vi que ela pareceu me desprezar tanto que fingia que eu não existia , por isso perguntou o que "ela" estava fazendo com o namoradinho dela , não o que "você" está fazendo com o namoradinho dela. Mas , verdade ,Giovana não fingia muito bem , afinal , o fato de eu estar ali lhe causava uma sensação tão ruim . E isso provara que ela se importava com minha presença , então , consequentemente , bem no fundo , eu ainda existia pra ela e era importante.

"Mas por que eu tenho que te dar satisfações da minha vida?"- Falou Ricardo . Opa , opa , hein? Eles não eram namorados? Se eu tivesse um namorado eu dava satisfação da minha vida para ele, ainda mais se eu estivesse falando com um garoto que gostava de mim e que eu estava brigado.
Vi que Giovana abriu a boca delineada e com batom rosa choque , mas simplesmente não saíram palavras.
Pensei que o melhor era sair de fininho , enquanto deixava eles resolverem seus próprios problemas , que , por sinal , eu não queria saber.
"Olha aqui "- Giovana conseguiu falar -"Não é porque tivemos uma briguinha que você deve me tratar desse jeito na frente dessa daí."
Epa , "dessa daí" foi muito pesado.
"Ei , me respeita Giovana. Vai resolver seus problemas com seu namorado, mas não me inclua no meio!"- Falei , saindo dali
Mas senti que me braço foi agarrado novamente .
"Ei , eu odeio quando pegam no meu braço , então trate de me soltar senão e..."- Não deu tempo de terminar a frase, porque alguém me beijou . E eu já sabia quem era, somente pela pressão que sua boca fazia na minha.

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