Eu quero saber onda tá o

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O tempo não pode parar 8 -Continuação

Chegamos a sorveteria , que ficava do outro lado da praça. Assim que entramos lá vimos um tumulto , chegamos mais perto para conferir se aquilo era a fila para se comprar sorvete ou era outra coisa , como por exemplo , uma briga.

Me surpreendi ao ver que um menino , de uns 16 anos , no meio de todos os outros desesperados por um convite que aquele mesmo garoto distribuía . Ricardo pediu para Giovana pegar um mesa para nós , e ela obedeceu . Ele chegou mas perto e me surpreendi mais ainda quando o menino que estava bem no meio da multidão o puxou para o meio daquele tumulto.  Só percebi o que acontecia ao certo quando o garoto que puxou Ricardo mandou todos se afastarem.
"Pessoal , se afastem aê por favor . Pessoal , esperem um minuto !" - Ele disse , quase gritando , acalmando assim , a multidão.
"Ricardo , amigo! Eu já ia lhe convidar, mas agora que eu te encontrei , toma aqui olha."- Disse aquele menino , muito bonito , por sinal , estendendo sua mão com um convite cor dourada .
"Vou fazer uma festona , estou convidando todo mundo. E você , é claro, esta convidado para a maior festa que o este  bairro daqui ouviu falar!"- Disse novamente aquele menino , que agora , já estava voltado novamente para a multidão de mais ou menos 10 pessoas , loucas para um convite daqueles , que por sinal , o Ricardo havia conseguido fácil , fácil.
Depois que Ricardo sentou-se a nossa mesa, eu perguntei quem era aquele , mas quem respondeu foi a Giovana.
" É o Rafa , ele é um dos meninos mais ricos do bairro ." - Disse ela , olhando para o convite dourado que reluzia e era , em minha opinião , bem chique.
"Ricardo , Giovana!"- Ouvi uma voz chamá-los , era a voz do Rafa .
"Me esperem aê!"- Disse Rafa , terminando de dar o convite para a última pessoa , que por sinal , era menina baixinha e magra . Vi que ele anotou também alguma coisa em um guardanapo e deu para ela , acho que era o telefone dele , pois ele fez com a mão um gesto enquanto se aproximava de nós que era como se ele falasse " liga pra mim " .

Assim que ele sentou na mesa, tive que dar espaço para que ele sentasse ao meu lado , estava bem nervosa , pois , por incrível que parece , ele era até mais bonito que Ricardo , mas mesmo assim , não sentia nada além de admiração pela beleza   por ele.

"Ah , olá gatinha."- Disse ele assim que sentou ao meu lado.
Eu apenas sorri , mas foi um sorriso bem sem jeito.
"Toma aqui Giovana , o seu convite "- Disse Rafa , dando aquele convite chique para ela.
"Obrigada Rafinha " - Disse ela , toda sorridente.
" E o seu também , fofura" - Ele falou , me dando um convite.
"Obrigada , Rafael."-Eu disse , pegando o convite.
"Rafael? Que isso linda , pode me chamar de Rafa ou Rafinha ."- Ele falou , olhando nos meus olhos
"Tá certo ,então"- Eu disse , sorrindo.
" E você aí ?" - Disse Rafa , olhando para Raquel , que só agora que eu tinha me lembrado que estava ali.
"Oi..."- Ela disse , sem jeito , bem sem jeito.
"Toma aqui ."- Ele falou , dando o convite.
"Bom , vamos fazer os pedidos?"- Falou Ricardo , chamando a garçonete.
Eu apenas assenti com a cabeça.
A garçonete veio e anotou nosso pedidos . Eu pedi um sorvete de duas bolas no casquinho.
Depois que comemos e conversamos um pouco sobre a tal festa, a garçonete foi chamada para pagarmos a conta. Ricardo pagou a de Giovana , Raquel , por sorte , trouxe exatamente o valor que deu a parte dela , e foi aí que eu me toquei que não havia trazido dinheiro algum. Assim que Rafa pagou sua conta , todos olharam para mim , esperando que eu pagasse.

O tempo não pode parar 7 - Continuação -



"Não" , foi a primeira coisa que veio a minha mente quando eu vi aquela cena. Parei de sentir o chão , parei , é sério , definitivamente eu não sentia mais o chão , eu percebi minhas pernas bambas e meus olhos cheios  de lágrimas , eu escutava a voz de Raquel , mas não entendia ao certo o que ela dizia , e , sinceramente , não me importava nem um pouco.

Percebi que nenhuma lágrima caia no meu rosto , eu não tinha vontade de chorar. Mas eu sentia que aquilo tinha mexido comigo. Eu sentia , de alguma forma bem oculta , eu estava sofrendo , mas não sabia ao certo porque eu não chorava . 

Eu só saí do meu transe quando percebi que Giovana se aproximava de nós , e ela estava com ele , é claro , o tal do Ricardo.
"Oi meninas!"  - Disse ela , toda sorridente , mas pra mim , aquele sorriso não era simplesmente uma faixada que dizia " FELICIDADE , ESTOU FELIZ !"  , era mais para " VIU LUANA ? EU O BEIJEI!" Eu não disse nada , mas eu já dava por mim . Já tinha voltado a sentir o chão , mas ainda sentia as pernas bambas.
"Ah , oi Gio!"- Disse Raquel , percebendo que no meu semblante não havia nenhuma dica do que se passava por dentro de mim . Percebia-se apenas um vazio , um vazio que se descrevia muito bem na minha face, que não tinha , praticamente , expressão alguma a se desvendar. Ela a cumprimentou com dois beijinhos 
"Oi , Giovana" - Eu disse , finalmente olhando diretamente naqueles olhos que não brilhavam nem um pouco , olhos que na minha opinião , escondiam algo ,  mas algo ruim , tanto é que eles não brilhavam. Tentei não olhar para aquele lindo menino que estava ao seu lado , mas era impossível , sua beleza era tão grande , que qualquer menina bem ou mal resolvida olharia e admiraria.
"E oi ..."- Eu disse , olhando para aqueles olhos lindos e azuis profundos que possui Ricardo .
´Raquel que havia esquecido de cumprimentar Ricardo , oi logo cumprimentando.
"Ah , é , oi! Os pombinhos estão passeando?"- Ela falou , meio que olhando para os tais "pombinho" e meio que olhando para mim , creio que ela esperava que eu desabasse ali mesmo , mas não , eu não estava com vontade de chorar. Eu estava com ódio , e eu sofria com aquela sensação ruim dentro de mim.
"Siim , estamos. "- Disse Giovana , voltando-se para Ricardo
"Nos estamos indo tomar um sorvete , querem ir conosco?"- Disse Ricardo , dando espaço para aquele sorriso radiante e encantador que ele tinha.
Agora sim eu havia perdido o chão , eu estava encantada com aquele sorriso , mas eu não tinha vontade de chorar  e sim de pular e de cantar. Mesmo que ele não fosse meu , ele tinha me chamado para sair , bom ... tá bom , ele não me chamou para sair , ele chamou eu e a Raquel . E bom ... eu sei que ele estava namorando , mas sei lá , eu estava bem feliz.
"Mas é claro!"- Eu disse , finalmente abrindo o sorriso.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O tempo não pode parar 6 - Continuação -




A Raquel me ajudou a escolher um roupa , que segundo ela , era linda e perfeita para a ocasião. Eu estaria usando um regata azul clara , um short jeans curto branco , e não muito apertado , que era um pouco cintilante. Minha mãe comprara recentemente aquele short. Nos pés , eu calçava uma sapatilha azul escura . Tinha certeza que se minha mãe me visse com aquela roupa , me mandaria tirar , e usaria o seguinte argumento " Menina , essa sapatilha e esse short são novos! Como é que você vai para o praça com uma roupa chique dessas?!" E eu até concordaria com ela.

Então , tramei um plano , eu iria com um roupa bem simples para a casa da Raquel , e diria para minha mãe que estava indo à praça. Chegando lá, trocaria de roupa e ia para a pracinha, o meu destino final. A Raquel disse que iria com a mesma roupa que já estava , que não ia trocar de roupa quando chegássemos na casa dela. Ela vestia uma blusa da Aeropostale rosa ,nela era estampada apenas o nome da marca, que segundo ela , sua tia trouxe para ela. Um short jeans preto bem colado , e não muito curto. E nos pés , um all star do simples. Eu resolvi por um blush e um pouco de gloss , só para ficar mais bonita , e a Raquel , já estava maquiada , com lápis de olho , blush , gloss e rímel.

Depois de comer , fui escovar os dentes e segui com meu plano. Chegamos na praça era 10:23 , e como eu imaginava , lá estavam o casal , Ricardo e Giovana , passeando de mãos dadas , mas nada de beijos ou abraços. Olhei para a Raquel , que correspondeu o mesmo olhar repugnado.
"Acho que deveríamos ir cumprimentá-los" - Disse Raquel , dando pela terceira vez a volta naquela pracinha .
" Está louca?" - Eu disse , interrompendo a nossa caminhada.
"Você acha que eles vão pensar o que ? Vão pensar o que de mim ? A garota que até então é conhecida como a chorona do quarteirão todo!"
Assim que notei a aproximação de alguém , virei minha cabeça e meu corpo , que antes estavam direcionados a Raquel , para o lado que eu sentia alguém vir . E tomei uma surpresa , quando logo quem eu encontro é ele , ele e ela , se beijando bem na minha frente.

Você sabe onde eu realmente queria estar?



Estou aqui , debaixo de cobertas e cobertores,
com a lareira acesa.
Mas ainda não me sinto aconchegante o suficiente, 
eu ainda não me sinto tão 
como estaria se você estivesse aqui.

Você sabe onde eu realmente queria estar?
Na verdade , você nunca sabe o que falar quando eu digo "eu te amo".
Você deve andar pensando em mim ,
não tanto quanto eu penso em ti.
Isso eu posso te garantir.

Você pode até dizer para mim que gosta de mim ,
mas eu sei que lá dentro , você não gosta tanto a ponto de me amar.
Eu já fiz tudo ao meu alcança para você tentar adivinhar
onde eu realmente queria estar.

Não é possível que você não note que eu tenho feito de tudo para que você se aproxime mais,
me ame mais.
Eu não acredito que você não saiba que quando eu não estou no seus braços , eu não me sinto segura.
Eu preciso que você me olhe nos olhos e me diga que me ama, não que apenas gosta de mim.
Eu preciso muito que você me acolha em seus braços e me livre para um lugar distante , onde nosso conto de fadas comece por lá.

Eu preciso que você me respondas que saiba que eu quero estar a todo instante em seus braços.
E que nesse momento , eu queria que você me telefonasse , me declarasse todo o seu amor e fosse me buscar e me levar para assistir um pôr-do-sol,
na verdade , não importa se você me levasse para ver o pôr-do-sol , 
mas desde que me levasse com você, 
nos seus braços ,
para mim , já estava bom o suficiente.

Cenário Perfeito



O as ondas do ar insistiam em bater na areia e recuar novamente para o fundo do oceano,
o vento passava lentamente pelas árvores e pelos meus cabelos soltos.
O sol já estava e pondo e gaivotas voavam de canto a canta naquela praia tropical.
O mar estava em paz ,
e apenas se escutava o som das ondas e das gaivotas.
Silêncio, mas não absoluto.

Aquele seria um cenário de filme perfeito.
Um menina com um vestido longo com flores estampadas , que balançava junto com a brisa.
A mesma menina , com cabelos pretos e ondulados ,e para deixar aquele cabelo ainda mais bonito , uma flor, um flor rosa.
Aquela mesma menina , ou melhor , aquela mesma mulher , abraçada com um homem que parecia ser o seu amado.
Que cenário inspirador.
Tenho certeza que se tirassem um foto e pusessem na parede , pensariam que aquilo foi pintando , e que não foi realidade.

Mas era , era realidade.
As palmeiras balançavam ,
o sol esfriava.
As ondas se entregavam a melodia que parecia tocar no fundo.
E o casal ali , de braços entrelaçados , olhando uma paisagem típica litorânea de final de tarde.

A praia vazia ,
sugeria o maior clima romântico.
Um amor que seria eternizado por ali mesmo.
Uma história que estava só começando.
Mas a história não era a minha.
Era daquele casal,
que não era composto por mim ,
mas sim do meu amado com sua amada.


O tempo não pode parar 5 - Continuação-

De repente , senti parte do meu corpo levar um banho de água fria  e me deixar, literalmente , arrepiada e com muito frio. Abri os olhos , procurei alguém a quem culpar. Mas tomei um susto , ao perceber que duas pessoas me encaravam firmemente, minha mãe e minha melhor amiga , Raquel.
"Vocês me deram um susto!"-Falei , levantando-me e percebendo que estava encharcada de água .
"Eu sei, você não acordava."-Disse minha mãe indo pegar um toalha para me enxugar.-"Tome , se levante e se enxugue."
"Imagina , eu vou me enxugar deitada!"-Eu disse , sarcasticamente , e me levantando da cama , enxugando o rosto e a camisola molhada.
"Bem , eu vim aqui porque a rua toda já está falando sobre uma menina que ontem , lá na pracinha , estava chorando ao ver um tal de Ricardo , namorado da Giovana , ao beijos com ela. E essa menina foi lá ler , e por incrível que pareça ela é meio fortinha ,e de cabelos curtos. E a única pessoa que vai toda a sexta vai ler  na praça e que tem essas características é você. Por que não me avisou que estava apaixonada por ele?"- Falou Raquel , com um tom de autoridade.
Nesse momento minha mãe estava passando no corredor , indo em direção ao meu quarto. Quando notei que a Raquel iria abrir a boca para resmungar novamente sobre o "por que você não me conta mais nada" ou " o que aconteceu com você?" , fui logo dizendo :
"Cala a boca! Depois eu te conto toda essa história , mas cala a boca , minha mãe tá vindo."- Eu disse isso , segurando a boca dela , e ela , ficou paralisada , obedecendo o meu pedido.
Depois que eu terminei de falar , minha mãe entra no quarto e eu solto a boca da Raquel.
"Menina , vai trocar de roupa , ou vai ficar doente!"-Disse minha mãe ,resmungando e tirando uma roupa velha minha de ficar em casa.
"Ah , mãe , essa roupa feia não! Eu vou dá uma saidinha com a Raquel . Deixa que eu escolho uma roupa , tá? Aliás , que horas são?"- Eu disse , ainda me enxugando.
"São 09:37 , exatamente 09:37 . Você pode sair e escolher a roupa , mas antes vai ter que ir comer alguma coisa. E falando em comer , Raquel , você já se alimentou?"- Falou minha mãe , pegando aquela roupa velha e guardado novamente.
"Ah sim , eu já comi. obrigada , tia Dolores."- Disse Raquel , com aquele sorriso que ela fazia quando queria demostrar simpatia. Raquel era realmente uma menina bem bonita. Seus cachos dourados e brilhantes  combinavam com seus olhos verdes e bonitos. Ela era bem magra , mas uma magreza bonita , bem diferente do corpo daquelas outras meninas que estavam na praça ontem , que era realmente bem magras, e chegava até ser feio. Raquel era uma menina diferente , e aquele sorriso dela fazia com que ela conseguisse quase tudo, principalmente fazer os meninos se apaixonarem , e eu não vou mentir , tinha um pouco de inveja daquele sorriso cativante e de certa forma , gentil.

"De nada querida."-Disse minha mãe , tentando retribuir aquele lindo sorriso da Raquel , mas falhando .
Assim que minha mãe saiu do quarto fui colocar uma roupa bem bonita , pois logo que minha mãe nos deixou livre , Raquel me contou que o tal do Ricardo ,o menino que eu estava bem afim , e que eu tinha acabado de descobrir o nome , iria passear com a Giovana na pracinha de 10:30 . Eu tinha que ficar bem bonita e fingir que nada havia acontecido, quem sabe ,  todos pensassem que era mentira que eu havia chorado , que era apenas um boato , e esquecessem do papel de boba que eu realmente tinha feito.



Você não merece o amor

Eu tentei fazer de tudo para disfarçar o que eu sentia por ti. Mas estava ficando cada vez mai difícil esconder esse sentimento , que sinceramente , ficava mais forte a cada dia. Eu tentava dizer para mim mesma que era apenar uma ilusão , apenas uma paixão temporária e adolescente minha. Mas eu vou te dizer , não era.

Toda vez que eu via você o coração acelerava . E de tanto amor , eu acabei cometendo o meu maior erro. Eu fiz tudo o que você quis , eu te amei mais do que tudo. E você? Só me desprezou . E eu continuei sofrendo , até ver que tudo tinha um limite. Mas você voltou com aquela sua conversa fiada, seu sorriso traiçoeiro e o seu amor , seu amor bandido. E eu caí de novo na sua. Caí . Mas você me mostrou que você não merece o amor. Nem o meu , nem o de ninguém.

O Tempo não pode parar 4 - Continuação -

Deitei no meu travesseiro , senti como se afundasse em um mar de total desespero. Sentia minhas lágrima molharem o colchão e escorrer para as minhas costas. Não ligava , eu já não enxergava mais nada. As lágrimas cobriam minha visão. Resolvi fechar os olhos e deixar as lágrimas escorrerem livres.

Quando senti que já estava cansada de chorar , procurei tatear o interruptor , em busca de apagar a luz. E apaguei . Afundei novamente a cabeça no travesseiro molhado de lágrima e adormeci , sem me importar de como seria o dia que estaria a se seguir.

Quando amanheceu , não tive que me preocupar com minha mãe ou pai me acordando para ir ao colégio , afinal , estava de férias. Senti o raio de sol que saía pela brecha da janela que não estava coberta com a cortina, entrar no meu quarto e chegar até mim. Senti um calor , e , tentando escapar , virei-me de lado, dando de cara para o meu poodle , o Jerônimo .

Não culpo o pobre do Jerônimo por ter recebido esse nome tão feio. Mas quando nós o achamos na rua , ele tinha uma coleira com esse nome . Até procuramos os donos dele por um tempo , mas decidimos adotá-lo. No começo , tentamos impor outro nome para ele como , Alex , Donald , Migg  e até mesmo Toby , mas ele só aceitava o antigo e feio nome , Jerônimo. Então resolvemos nos contentar com esse nome mesmo.

 Abri meu olhos para ver se era mesmo o meu cachorro deitado na minha cama . Eu achei estranho  , afinal , eu não o tinha visto ontem quando voltei para casa. Mas não liguei. Eu ainda estava com muito sono . Então comecei a acariciar o pelo macio do Jerônimo . E como o sono me embalava a cada segundo e eu ia caindo devagar nas suas mãos, acabei adormecendo , não sei por quanto tempo , mas adormeci.

"Luana!"- Escutei a voz da minha mãe me chamar de um local meio que distante.
Na hora que ela me chamou , já estava acordada , mas estava naqueles momentos de devaneios , que a gente está meio que acordado e meio que dormindo. Como ainda estava com um pouco de sono, tentei falar alguma coisa para que ela me ouvisse e soubesse que eu estou , bem , viva e acordada. Mas acho que aquilo soou mais como um murmuro , algo feito " Greeh.." Soube isso pela resposta que ganhei da minha mãe.
"O que? Menina levanta já daí!"
E aí eu raciocinei e percebi que eu estava um pouco tonta . E  aquele meu murmuro foi tão baixo que eu pouco pude escutar. Quanto mais minha mãe , que pelo que eu ouvia , estava  a quilômetros de distância.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Algo difrente

Senti algo diferente tomar conta de mim.
Acho que era felicidade,
não sei ao certo , se era sonho ou realidade.
Mas essa sensação me ocorreu assim que eu descobri que ganhei na megasena

;D

O tempo não pode parar 3 - Continuação-





Troquei de roupa e penteie o cabelo. Botei um velho pijama meu . Eu não o usava fazia um belo tempo. Ele me deixava bem quente , mas eu parei de usar , pois, burramente , o julgava "muito criança " para minha idade , que era 13. Mas não estava ligando se aquele pijama era muito infantil e até bastante florido. Eu queria deitar na minha cama , que sempre fazia com que meu corpo afundasse no colchão , eu odiava aquilo. Mas agora , eu estava satisfeita.

Como eu disse , me sentia bem madura. Liguei a TV e mudei de canal , procurando algum programa que me agradasse. Não achei. Então desliguei a televisão e peguei o saco de balinhas que eu havia deixado na mesa do computador. Comi o resto dos doces que ainda restavam dentro da sacolinha plástica. O telefone tocou.
"Alô?"-Ouvi aquela voz do outro lado da linha
"Oi"-Disse , mastigando o último doce
"Luana?"-Disse aquela voz , que agora eu sabia exatamente de quem era.
"Oi Clarinha."-Falei ,engolindo o  doce
"Luana! Eu to ligando pra saber se você melhorou."
"Para saber se eu melhorei? Mas eu nem estive mal, como pude melhorar?"- Disse , fingindo que não sabia a origem da pergunta. Eu não sou o tipo de pessoa que acha favorável compartilhar esse tipo de acontecimento. Principalmente com a Clarinha  , que eu não falava a mais ou menos três meses. Tudo bem que ela foi uma das minhas melhores amigas. Mas eu perdi muito o contato com ela , já não tinha intimidade. E da última vez que nos encontramos , nem tivemos muita chance de conversar direito. Será que ela realmente acreditava que eu ainda a considerava uma amiga super íntima? Pelo menos era isso que ela demostrava toda vez nós nos falávamos . Da penúltima vez que nos vimos , ela pediu meu telefone , eu dei , mas nem peguei o dela e uns 10 dias depois troquei o telefone , sem nem sequer ter o trabalho de avisá-la meu novo número. Antes fomos grandes amigas, mas hoje , não cultivo nada com ela , nem sequer um pedaço de amizade, para ser sincera. E acho que ela não entendeu isso bem .
"Não se finja de boba! Eu sei que você sabe muito bem do que eu estou falando"-Disse ela , com aquela velha insistência chata, que eu tanto conheci.
 Eu realmente não queria compartilhar esse meus problemas com a Clara. Então fui curta e grossa :
"Não estou afim de compartilhar isso com você."- Desliguei o telefone na cara dela. Como eu disse , não queria mesmo compartilhar nada com ela. Principalmente porque , de repente , toda aquela coragem que eu estava tendo , até então , havia sumido de mim . E senti a emoção tomar conta de mim . Em segundos , não dava mais por mim , e me ouvi dizer , acho que até alto.

"Ah não! De novo não!"

-Continua-

Cansei , rapaz

Cansei de você , rapaz. Cansei de ser sempre a última  a saber de você . A última a você escolher para dançar , se um dia você me escolheria , pois como você mesmo disse, prefere ficar sentado a dançar comigo.

Eu sofri demais por você , chorei , não minto. Mas desde que você saiu da minha vida , esses dias têm sido ótimos. Cansei de ser só mais uma garota apaixonada , que você nunca olhou , nunca desejou. Que você simplesmente deixou empoeirar em sua coleção na estante de livros. Bem , literalmente , isso séria impossível. Mas você me entende, não é? Você entende que eu não lhe quero mais. 

E nesses dias que eu andei pensando bem , eu vi que a culpa não era sua. A culpa também não era toda minha. Mas grande parte dessa culpa toda , era minha. Meu coração só resolveu te amar. Eu cultivei dentro de mim que você era perfeito , que você seria meu príncipe encantado. Mas isso foi antes de eu descobrir que não existe príncipe encantado. Mas eu sei que esse menino um dia chega , pode não ser encantado , mas vai ser príncipe. 

Você não fez nada de errado , pelo menos não em relação a mim . Tá , talvez você tenha me magoado algumas vezes . Com alguns palavras rudes , naqueles momentos em que eu tentava me aproximar de você , na inútil esperança de ter algo mais de você. Eu que me iludia esse tempo todo , fui eu que cultivei esse amor todo. Você só fez o que sempre fez, ou melhor , você só sentiu o que sempre sentiu por mim  ; Nada.

Eu só queria que você soubesse que apesar de todo esse sofrimento , eu te agradeço , afinal , disso tudo eu tirei uma lição : Não me iludir tão facilmente. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O tempo não pode parar 2 - Continuação-


Me escondi no primeiro lugar que eu vi que poderia ser abrigo para mim e minhas lágrimas. Me acolhi na rua mesmo , atrás de uma árvore. Chorei , e depois que me acalmei, vi que a rua estava completamente vazia . Isso me aliviou , ao menos ninguém , fora aquelas meninas que estavam comentando sobre mim , haviam me visto. Enxuguei as lágrimas que ainda estavam em meu rosto. Levantei-me , ergui a cabeça e fui até a doceria  mais próxima , embebedar-me de gostosuras açucaradas .

Entrei naquela loja e encontrei uma amiga de infância minha , eu não a via por uns 3 meses. Ela morava em outro bairro , e foi uma surpresa encontrar ela por ali.
"Não acredito! Luana! "- Disse ela , animada e me abraçando.
"Ah , oi Clarinha. Tudo bem?" - Eu falei , não muito alegre e com a aparência notavelmente triste.
"Comigo tá tudo bem. Mas parece que com você não está... "-Ela disse , mas nesse momento a mãe dela a chamou para ir para o carro.
"Ei, pega meu telefone , é 9965-3754 , qual o seu?"- Ela disse , pegando seu celular rosa choque da bolsa , pronta para anotar o telefone.
"8453-7852."-Eu disse , anotando o número dela.
"Foi bom te ver de novo!"- Ela disse , dando-me um abraço apertado e indo embora.
"Tchau"- Eu disse, acenando para ela e a família , que estava esperando-a dentro do carro

Fui até o local onde os doces ficavam expostos, um típico self service de doces, onde você escolhe as gostosuras , coloco-as em um saquinho próprio para carregamento de balas e paga pela quantia certa. Foi isso que eu fiz,  escolhi as balas , paguei e comi todas elas . Comi enquanto saia da doceria , indo em direção a minha casa, o lugar onde eu mais queria chegar naquele momento.

Abri a porta de casa, acho que ainda estava com o rosto inchado . Não havia ninguém na sala , cheguei ao meu quarto , ainda havia mais 2 balinhas dentro da sacolinha plástica. Deixe em o saco em cima da mesa onde ficava o computador. Fui tomar banho . Quando saí do banho , parecia ser outra pessoa. Me sentia mais madura , mais mulher , de certa forma. Estava pronta para encarar uma paixão. É , eu estava querendo mesmo encarar uma paixão , lutar por ela , se for necessário , até aceitaria um sofrimento por amor. Mas eu queria e algo de dentro de mim dizia que eu iria ganhar aquela luta.

-É , continua -

Foi difícil

Foi difícil me acostumar com o silêncio da casa .
Encontrar-me a só escutando apenas o barulho do relógio e do vento lá fora.
Foi difícil olhar para a janela a todo instante , esperando encontrar seu carro estacionado e você vindo ao meu encontro.
Ah , pode acreditar, foi bem difícil me distanciar de ti , dos teus afagos rotineiros.

Eu , com aquele hábito de sempre ser mimada por você,
tive que sofrer para aprender que já não seria mais sua princesa,
sua rainha , sua , eu não seria mais sua , nem você meu.


Eu não sei ao certo ,
mas tudo acabou devagar.
Você já não era o mesmo ,
e eu não ligava mais tanto para aquilo tudo.
E foi só perder você , que eu vi o quanto você era importa para mim.

E ultimamente , está ficando mais fácil , está mais fácil viver sem você.
Mas foi difícil , ainda é , mas bem menos complicado que no começo.
Mas vai passar , essa dor toda passa.
Sempre passa.

Mas não vou  mentir,
foi difícil ter que ver você fazer as malas e sair de casa,
e eu , queria ser forte , segurei o choro.
Mas depois que você saiu de casa,
foi difícil conter o choro.

Queria muito que soubesse que sua falta é bem notável.
Queria muito que você voltasse.
Mas se não vai voltar,
tudo bem.
Mas saiba que vai ser difícil eu te aceitar de novo na minha vida e no coração , quando ele já estiver "ok".

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O tempo não pode parar



Em uma tarde , lembro-me bem . Era uma tarde de verão , uma tarde quente de dezembro. Estava embaixo de uma árvore , onde eu procurava sombra para tentar fugir daqueles raios solares que já estavam ficando insuportáveis. Estava lendo . Eu tinha apenas 13 anos quando eu senti pela primeira vez meu coração bater mais rápido por um menino. Ele aparentava ser mais velho, tinha cabelos cacheados e castanhos , olhos azuis . Lábios grandes , marcantes .

Ele tinha acabado de chegar onde eu estava para jogar bola com os amigos. Ele nem sequer olhou para mim . Não chegou perto de mim , não , ele simplesmente se divertia com seus amigos e uma bola. Mas eu não tirava meus olhos dele . Pena que ele não notou ... pena que ele não me notou.

Então chegaram uma meninas , meninas que pra mim não fariam diferença alguma. E uma delas era um vizinha minha, Giovana . Ela era bem alta e magra , cabelos loiros escorridos. Ela estava com um vestido curtinho e colorido. Ela , igualmente àquele menino em que e havia me apaixonado , nem me notou. Eu já estava sofrendo com aquela ideia de ver aquele  menino , pelo qual eu tinha me apaixonado não me notar , mas quando eu vi aquela cena , ai sim eu me entreguei as lágrimas.

Estava lá , Giovana e mais duas amigas, igualmente magras . Ela chega mais perto dele. E perto , se abraçam e se beijam . Um beijo de verdade . Um beijo que eu jamais havia dado . Saí dali quase chorando , notei aquelas meninas cochicharem sobre uma tal menina  de cabelos curtos e de corpo não tão magro , sair correndo com lágrimas beirando os olhos , ameaçando cair. É claro que era eu , estava morrendo de vergonha . Estava sofrendo por um menino que eu me apaixonei sem nem conhecê-lo. Ah , mas eu só estava começando a minha vida amorosa , eu ainda tinha que enfrentar muito pela frente.

-Continua-

Reverter

Reverter , acho que essa seria a única palavra certa para se dizer agora. Você , que sempre desfez de mim, nunca ligou pra nada , inclusive para mim . Você me fez com que eu me apaixonasse perdidamente pelo eu jeito de garotinho mal , ah sim , você fez. Mas você me machucou , reverteu o meu amor em tristeza.

Você me machucou , menino . Você me disse coisas que eu jamais pensei que sairiam por sua boca.
Fiquei no meu quarto , por dias . Fiquei lá , pensando como eu pude te amar , te amar tanto desse jeito.
Fiquei pensando em como fui boba de querer ser a única na sua vida , afinal , pra você , uma única garota , é simplesmente muito pouco . Eu queria tanto ser a rosa mais bonita do seu jardim . Arrumava toda para isso , eu realmente tornei uma outra garota , só por você.

E aí eu percebi, que aquela tristeza se reverteu em raiva , uma raiva muito grande de você , por você ter me enchido de esperanças falsas , ou melhor , por eu ter me auto enchido com de esperanças . Por ter acredito que só porque você me dava carinho , estava me amando , estava me dando amor.

E você nem sequer pediu desculpas por ter feito isso , nem sequer me telefonou , nem nada. Mas se você não tem maturidade para amar alguém de verdade , de viver um amor realmente verdadeiro , de se apaixonar , de respeitar e de ser honesto consigo e o outro que você decidiu amar , ou sei lá o que seja pra você . Saiba que eu tenho , e eu te amei muito , eu te respeitei , eu fui honesta comigo e com você quando disse que te amava.

E agora , eu te digo " Reverter" , afinal , eu reverti toda a minha raiva em palavras e agora estou na calmaria , afinal , eu reverti você , em liberdade. Esqueça de tudo que passamos juntos , mas não esqueça dessas minhas palavras , porque um dia quem sabe , você realmente goste alguém de verdade , e essa pessoa faça o mesmo que você fez comigo. Daí sim , você vai provar essa dor que eu senti, e vai poder saber o verdadeiro significado de "reverter" e de "amar". Desejo-te boa sorte nessa vida,  muita felicidade e amor , toda aquela felicidade que você não me deu , e todo amor que você me prometeu.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Eu a sós comigo mesmo

Olhei para os lados e notei que estava só . Apenas eu e a solidão habitávamos o mesmo cômodo pouco espaçoso. Aquele silêncio cortante , que antes não existia, parecia cada vez mais cortar a alma , destruindo pouco a pouco o meu coração , que agora , estava vazio.

Sentia falta de algo , de alguém , de um afago que não recebia fazia tempo. Eu precisava de algo que me preenchesse , que completasse o meu coração . Que me fizesse feliz. Mas eu não tinha amor , não amava a ninguém e ninguém me amava. Eu já não tinha motivo para acreditar em mais nada. Estava sem direção , meu chão havia caído. Estava sem prumo, sem alicerce , sem nada em que eu pudesse me agarrar e que pudesse me garantir que tudo terminaria bem. Eu simplesmente não tinha nada , eu só tinha a mim mesma , essa solidão inútil e uma dose de imaginação, o que me garantia o mínimo possível de diversão.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Os meus , os teus acordes 20 - CAPÍTULO FINAL -

Saí dali cheia de esperanças , esperanças que me faziam pensar que Pedro poderia ser realmente meu, para sempre. No dia seguinte , passamos a manhã juntos ,e de tarde , fui até o aeroporto deixá-lo lá.
Fui duro ter que ver o amor da minha vida entrar na sala de embarque sem me levar junto a ele.

Passei o dia todo esperando um email , e até que chegou  . Ele havia chegado em New York , o local onde ficaria pelos próximo seis meses. Depois das férias , o mundo da faculdade começou , escolhi Saúde , Medicina , para ser mais exata. Eu e  Dani , colegas de classe. Faltava só ele , meu amor.

Depois de seis longos meses , Pedro volta . Volta mais lindo do que já era. Volta perfeito , falando inglês. Meu amor , estava ali de novo comigo. Precisava beijá-lo , tocá-lo , como não fazia a muito tempo.
"Amor da minha vida!"- Disse ele , correndo até meus braços , loucos para tocá-lo
Nos beijamos, ficamos ali , no aeroporto , juntinhos , dois em um , um em dois. Eu sentia seu corpo aquecer o meu . Era maravilhoso sentir aquilo novamente. Convidei ele e a família dele para almoçar em casa. Ele e sua família trouxeram presentes para todos nós. Eles também nos contaram as histórias que vivenciaram naqueles longos seis meses , e depois do jantar , eu e Pedro fomos até um parque, perto de onde tinha se instalado aquele circo, que hoje , já nem estava mais por lá.
"Como eu senti saudade do seu beijo."- Eu disse , beijando-o mais uma vez.
"Eu também  morri de saudade de você." - Ele falou.
"Você nem adivinha quem vem para cá daqui a 3 semanas!" - Eu falei , sorrindo
"Quem? Algum primo seu?"- Ele falou , abraçando-me
"Não! Adivinha que banda vem fazer show aqui?!"- Eu falei , apertando-o
"Ah , não sei ." - Ele disse
"Sua banda favorita."- Eu disse, sorrindo
"Não acredito ! Guns N' Roses por aqui?"- Ele falou , surpreso.
"É! Topa ir comigo?"
"Mas é claro!"
E passamos o restante da tarde juntos, daquele jeito mesmo , juntos. Depois que cheguei em casa , liguei para Dani e contei-lhe tudo , e ela me veio com a mais nova novidade.
"Gabi , você não vai acreditar , o Rodrigo me pediu de namoro! Aquele Rodrigo mesmo que é o melhor amigo do Pedro!" - Ela falou , feliz da vida.
"Que bom , Dani , mas vê se tem juízo , hein?!"
"Pode deixar que eu tenho!"
Dormi feliz aquela noite , sabendo que tinha o Pedro por completo. Então , três semanas se passaram , e teve o show de Guns N' Roses.
Estávamos na  pista , quase dando para tocar nos membros da banda. Cantávamos todas as músicas , até que o vocalista da banda , Axl Rose, ao cantar "You Could Be Mine" colocou o holofote para escolher uma casal na plateia . E foi ali , de repente , senti um clarão em meu rosto , descobri que eu e o Pedro fomos os escolhidos. Ele olhou para mim sorrindo , e eu retribuí aquele lindo sorriso . E ele falou :
"Bem que você poderia ser minha."
"Eu já sou sua , toda sua."
E nos beijamos , ouvi os gritos da plateia e a música tocando ao fundo. Aquele foi um dos momentos mais perfeitos da minha vida. Senti meu corpo arrepiar e estremecer. Depois de tudo aquilo , as música seguintes foram "November Rain" e "Don't Cry". Aquele show havia acabado , aquele show inesquecível.

Pedro iria me deixar em casa , e quando já estava na porta do meu quarto  , ele disse :
" Minha princesa , obrigada por esses momentos maravilhosos."- Ele falou e me deu um beijo na testa.
"Obrigada você , eu te amo ." - Eu o puxei para perto de mim , e o beijei.
"Cuide-se "- Ele falou , assim que aquele beijo acabou.
"Vem cuidar de mim." - Eu falei , sorrindo
Então , ele me abraçou e entrou no quarto .

Sem pouso

O teto está cada vez mais próximo.
Luzes estranhas piscam a todo momento e eu não sei o que dizer pra mim.
- Mais uma dose. – Repito em voz baixa. Ninguém ouve, não tem ninguém aqui, apenas eu e o que me sobrou de uma lucidez inútil.
A cama parece crescer metros a cada segundo e meus olhos não conseguem medir a distancia até o chão. Eu me jogaria, mas estaria lá sozinha, contraindo o meu corpo tentando encontrar a mim mesma ou, quem sabe, tentando fugir da cápsula para subir mais alto.
Voar, voar em círculos, perder as penas, me lançar no infinito sem saber do pouso ou do ninho.




Os meus , os teus acordes 19 - Continuação-


Minha mãe disse que era para eu esperar um pouco mais , e se o telefone permanecesse desligado , deveria ir até a casa dele.  E eu tentei novamente. O telefone continuava desligado . Mas já estava tarde , 19:56 . Minha mãe falou que iria comigo até o prédio de Pedro , depois , me buscaria.

E lá fomos nós. Chegando lá , o porteiro interfonou perguntando se eu poderia subir. No mínimo estranho , afinal ,eu nunca precisava pedir permissão para entrar , sempre era bem-vinda. Então , o porteiro virou-se para mim e disse:
"Srtª. Gabriela , eu sei que a senhora sempre sobe sem pedir permissão. Mas como soube que a família do seu namorado iria embora do Brasil , pensei que seria incômodo a senhorita subir . Perdão , os moradores me alertaram que você sempre será bem-vinda. Pode subir."- Ele disse meio que com vergonha.
"Tudo bem , você só fez seu trabalho. Tenha uma bela noite. "- Eu falei , sorrindo , e dando o sinal para que minha mãe fosse embora.
Subi e já encontrei a porta aberta , nela , meu amor me esperava de braços abertos. Tudo voltara ao normal , o nossos cumprimentos voltaram a ser abraços e beijos. Apenas uma coisa não era igual, ele iria embora em pouco tempo , em pouquíssimo tempo.

E logo quando saí dos beijos e abraços dele , vi seus pais sentados no sofá , sorrindo para mim . Senti meu rosto ficar vermelho e queimar , estava morrendo de vergonha. Agradeço por minha boca ter feito um movimento involuntário , ter falado , senão , iria ficar com mais vergonha ainda.
"Olha , Sra. Vanessa e Sr. Rafael"- Disse , sorrindo .
"Oh , querida , esqueça esses senhor e senhora e me dê um abraço. Quanto tempo." - Disse a mãe de Pedro , levantando-se do sofá para ir me abraçar.
"Olá , tudo bom?" - Disse o pai de Pedro, esperando Vanessa me largar para poder me abraçar.
"Bom , pai e mãe , eu e a Gabi temos que conversar , vamos ali no quarto . "- Pedro falou , puxando-me.
Chegando naquele quarto que me trazia tantas lembranças , sentei naquela cama , que um dia tinha abrigado a nós dois.
"Então , por que essa visita inesperada?" - Pedro falou , beijando-me
"Pedro , você está agindo como se não fosse viajar e me deixar aqui ."- Eu falei , afastando-me dos seus beijos.
"É , eu sei."- Ele disse, saindo dos beijos.
"Eu vim aqui para conversar, esclarecer com você como o nosso namoro vai ficar , afinal , até onde eu saiba , nós ainda não acabamos." - Falei , olhando bem  em seu lindos olhos de lua.
"Nós ainda vamos namorar , eu só vou passar 6 meses por lá."- Ele falou , sorrindo.
"Seis meses? Bom , eu pensava que você iria morar lá por muito mais tempo , porém , seis meses ainda é muito tempo."- Eu falei ,  trazendo-o para perto de mim.
"Eu não me importo com nenhuma outra garota , para mim só existe você. Você é a mulher da minha vida , Gabriela . Te quero comigo mais do que tudo , mas não tem como cancelar a passagem , meus pais falaram que seria muita perda de economia . Mas eu vou tentar voltar em menos tempo."- Ele falou , olhando em meus olhos.
"Não , você não vai voltar antes da data prevista. Eu quero o melhor para você , é isso que se chama amor , certo? Querer o melhor para o outro?"- Falei , abraçando-o
"Eu te amo , Gabriela. Eu lhe amo muito."- Ele sussurrou em meu ouvido .
"Eu também."- Falei , sussurrando.
"Seu cheiro está comigo , você vive em meu coração , posso te sentir dentro dele , enquanto esse coração bater  , você estará aqui , comigo. Eu tenho o gosto do teu beijo em minha bota. Tenho teu corpo e teu rosto nas lentes dos meu olhos. Tenho também sua voz em minha memória . Posso te ver , mesmo quando estás longe , é só recordar-me de nós dois. Enquanto eu estiver longe de ti , terei tudo isso para me manter vivo. Sentirei saudades , mas tudo isso irá me alimentar. Porque eu simplesmente te amo, não poderia viver sem poder te sentir , ouvir  e te ver.  Podemos manter contato , ligo pra você uma vez na semana , e mando email todos os dias , além de quer tem o msn."- Ele sussurrou aquelas palavras devagar , me fazendo gravar cada uma na minha mente.
Então nos beijamos , um dos nossos beijos mais demorados e bons. Queria tê-lo ali comigo para sempre. Era isso que eu queria . Somente.

"Se no dicionário,

amizade vem antes de amor e despedida vem antes de reencontro, não é por acaso."

Anda bem difícil


Anda bem difícil caminhar por essas estradas sem ter que chorar.
Ainda é tempo de voltar atrás ,
mas meu coração sabe que não pode recuar.
O tempo passou mas as coisas permaneceram iguais ,
as mesmas caras com as mesmas expressões facias,
A mesma pessoas totalmente superficiais .

Aquela mesma árvore que eu gostava de ficar embaixo , ela ainda está por lá.
Aquelas mesmas melodias que eu sempre gostei de cantar .
Elas continuam por lá , ela não mudaram , elas se acostumaram a se acostumar.
De tudo que anda igual , apenas uma coisa eu espero que jamais mude,
o seu sorriso , a aquele seu sorriso cativante,
pinotante ,
brilhante.

Mesmo meu coração ainda continuando negro ,
mesmo ele ainda estando obscuro.
Ele ainda pode amar,
ele ainda pode melhorar.
Não há tempo para parar de acreditar que um amor possa curá-lo.
Esse meu coração cansado anda meio ferido
daqueles tantos castigos que ele sempre é submetido.

E eu não vou mentir,
as coisas estão complicadas,
mesmo eu insistindo em partir ,
parte de mim quer ficar aqui ,
nesse local onde nada muda.
E ele só quer ficar aqui por que o seu sorriso ainda dá brilha nessas ruas vazias.
Por que foi o esse seu sorriso que me deu forças para continuar , mesmo quando eu queria parar
e jogar minhas esperanças no lixo.

Os meus , os teus acordes 18 - Continuação-

E nós ficamos juntos , mais um vez. Suprimos toda a necessidade de amor que nos restava . Mas o tempo passava , mesmo que para nós ele tivesse que permanecer parado , ele passava. Eu precisava voltar para casa . E quando cheguei em casa , não havia ninguém
"Ótimo!" - Pensei.
Mas logo que estava entrando em meu quarto , minha mãe estava sentada no chão , em meio de uma caixinha onde eu guardava as lindas cartas de amor que Pedro sempre fazia. Também havia um álbum de fotos comigo e Pedro , na outra mão , havia uma carta que eu desconhecia , com uma foto de duas pessoas jovens , uma , pude reconhecer que era minha mãe.

Quando minha mãe notou que eu estava em pé ao seu lado , ela olhou para mim , seu rosto inchado e lágrima que escorriam pelo seu rosto , me mostraram que ela estava chorando.
"Mãe..." - Falei , sentando-me ao lado dela.
"Mãe , o que houve? Por que está vendo minhas fotos com o Pedro e as cartas que ele me manda?" - Perguntei , curiosa.
"Querida , me perdoe." - Ela falou , abraçando-me
"Mãe ... " - Falei , ainda abraçando-a
"Filha , eu sei que você ama esse garoto , ele também a ama . Vocês erraram , mas todo mundo erra. Querida , eu estava procurando essas suas cartinhas para jogá-las fora , para que você possa esquecer esse menino da maneira mais fácil."- Ela falou , se desvinculando do abraço ,e pausando , para enxugar as lágrimas.
"Você o que?!" - Eu falei , em um tom alto
"Filha , deixe-me continuar."
"Tá."- Falei
"Resolvi ler essas cartas e vi que o amor de vocês não pode ser proibido ."- Ela falou , chorando ainda mais.
"E eu me lembrei de um velho amor meu , que eu tive na sua idade . O nome dele era Paulo , ele era perfeito , para mim . Mas nosso amor foi proibido pela pobreza dele , mesmo assim , eu o continuei amando e nós fugimos de nossos pais . Porém , meus pais acabaram nos achando. E eu fui proibida de sair de casa ."- Falou ela , chorando
"Essa aqui foi a única carta que eu consegui resgatar depois que meu pais me proibiram de amá-lo." - Ela disse , mostrando a carta .
Eu li a carta e ela dizia :

" Querida Lúcia ,
A saudade que eu sinto quando você fica léguas de distância é realmente muito grande , dá vontade de jogar todos os meus deveres para o ar e ir até te buscar , mesmo que para isso eu tenha que enfrentar o seu pai , o Coronel Montês.
Mas eu sei que você deve estar se divertindo , conhecendo lindos lugares , locais que eu nunca tereu chance de conhecer.

Mesmo eu não podendo te levar para todos essas cidades , restaurantes e hotéis que você sempre vai , eu posso te dar todo o meu amor , que vale muito mais que qualquer coisa chique e cara que você possa comprar ou provar. Meu amor por você é infinito. Mesmo que todas essas barreiras se ergam , vamos lutar para ficar juntos . Ninguém irá te substituir , ninguém. Você é toda minha , e eu sou totalmente seu .

Beijos , com um grande amor e carinho , Paulo , o seu grande amor por toda a vida. 13/05/86 "
Depois que li , vi que minha mãe chorava muito , e a abracei , tentando consolá-la . Então ela continuou :

"Eu amo muito o seu pai , minha querida , mas eu nunca esqueci do Paulo , o meu primeiro amor verdadeiro. "- Ela disse , chorando.
"Gabriela , vá encontrar o Pedro , fale o que sente para ele. Vocês são livres , mas , por favor , minha filha, mais juízo nessa sua cabeça." - Ela falou , ainda abraçado comigo
"Mãe , eu preciso te contar uma coisa."- Eu disse , saindo do abraço.
"Hoje eu encontrei o Pedro, conversei com ele , ele me falou que iria embora para os Estados Unidos amanhã. Mãe , eu o amo muito , ele também disse que me amava , mas ele vai embora . Me desculpe , eu desobedeci uma regra sua , mas precisava falar com o grande amor da minha vida." - Eu falei , tampando meu rosto com as mãos e chorando.
Minha mãe suavemente tirou as mãos do meu rosto e disse :
"Pela primeira vez , muito bem , por você ter desobedecido uma regra minha."- Ela falou , sorrindo.
"Ah , mãe ."- Eu disse , sorrindo e dando mais outro abraço nela.
"Enquanto ao fato de ele ir embora para os EUA . Minha querida , vai ser bom para ele passar uma temporada por lá , conhecer outra cultura e outra língua. Se você o ama , quer vê-lo bem . Então , deixe ele voar , quando ele voltar , vocês ficam juntos novamente."
"Eu o amo , quero vê-lo feliz , mas não se sabe quando ele vai voltar."- Eu disse , caindo novamente no choro.
"Querida , vá falar com ele..."- Ela disse , levantando-se e indo pegar o telefone
"Tome , ligue , marque para se encontrarem agora , de novo."- Ela disse
Eu ri e liguei , mas o telefone estava desligado.

Selena Gomez - Hit The Lights

Hit The LightsSelena Gomez
It's the boy who never told I like you
It's the girl you let get away
It's the one you saw that day on the train
But you freaked out and walked away

It's the plane you wanna catch to Vegas
Things you swear you do before you die
It's the city you love that waits for you
But you're too damn scared to fly

Hit the lights
Let the music move you
Lose yourself tonight
Come alive
Let the moment take you
Lose control tonight

Hit the lights
Let the music move you
Lose yourself tonight
Come alive
Let the moment take you
Lose control tonight

It's the time that you totally screwed up
Still you try to get it out your brain
It's the fight you head when you didn't make up
It's the past that you're dying to change

It's all the money that you're saving
While the good life passes by
It's all the dreams that never came true
Cause you're too damn scared to try

Hit the lights
Let the music move you
Lose yourself tonight
Come alive
Let the moment take you
Lose control tonight

Hit the lights
Let the music move you
Lose yourself tonight
Come alive
Let the moment take you
Lose control tonight

It's a mad, mad world gotta make it a escape
It's a perfect world when you go all the way
Hit the lights
Let the music move you
Lose yourself tonight

So let's go (go, go, go) all the way
Yeah let's go (go, go, go) night and day
From the floor to the rafters people raise your glass
We could dance forever

Hit the lights
Let the music move you
Lose yourself tonight
Come alive
Let the moment take you
Lose control tonight

It's a mad, mad world gotta make it a escape
It's a perfect world when you go all the way
Hit the lights
Let the music move you
Lose yourself tonight
Apague as luzesSelena Gomez Revisar tradução
É o garoto que nunca disse "Eu gosto de você"
É a garota que você deixou escapar
É o que você viu aquele dia no trem
Mas você enlouqueceu e se afastou

É o avião que você quer pegar para Las Vegas
As coisas que você promete fazer antes de morrer
É a cidade que você ama à sua espera
Mas você está com medo demais para voar

Apague as luzes
Deixe a música te mover
Perca-se essa noite
Ganhe vida
Deixe o momento te levar
Perca o controle esta noite

Apague as luzes
Deixe a música te mover
Perca a cabeça essa noite
Ganhe vida
Deixe o momento te levar
Perca o controle esta noite

É o tempo que você estragou totalmente
Você ainda tenta tirar isso da sua mente
É a briga que você começou quando você não perdoou
É o passado que você está morrendo para mudar

É todo o dinheiro que você está guardando
Enquanto a vida boa vai-se embora
São todos os sonhos que nunca viraram realidade
Porque você está com medo demais para tentar

Apague as luzes
Deixe a música te mover
Perca a cabeça essa noite
Ganhe vida
Deixe o momento te levar
Perca o controle esta noite

Apague as luzes
Deixe a música te mover
Perca-se essa noite
Ganhe vida
Deixe o momento te levar
Perca o controle esta noite

É um mundo louco, louco, precisa arrumar uma fuga
É um mundo perfeito quando você vai até o fim
Apague as luzes
Deixe a música te mover
Perca a cabeça essa noite

Então vamos (vamos, vamos, vamos) até o fim
É, vamos (vamos, vamos, vamos) noite e dia
Do chão às vigas, as pessoas levantam suas taças
Nós poderíamos dançar para sempre

Apague as luzes
Deixe a música te mover
Perca a cabeça essa noite
Ganhe vida
Deixe o momento te levar
Perca o controle esta noite

É um mundo louco, louco, precisa arrumar uma fuga
É um mundo perfeito quando você vai até o fim
Apague as luzes
Deixe a música te mover
Perca a cabeça essa noite

Demi Lovato - Skyscraper

SkyscraperDemi Lovato
Skies are crying
I am watching
Catching teardrops in my hands
Only silence, has it's ending
Like we never had a chance
Do you have to make me feel like
There's nothing left of me?

You can take everything I have
You can break everything I am
Like I'm made of glass
Like I'm made of paper
Go on and try to tear me down
I will be rising from the ground
Like a skyscraper
Like a skyscraper

As the smoke clears
I awaken and untangle you from me
Would it make you feel better
To watch me while I bleed
All my windows, still are broken
But I'm standing on my feet

You can take everything I have
You can break everything I am
Like I'm made of glass
Like I'm made of paper
Go on and try to tear me down
I will be rising from the ground
Like a skyscraper
Like a skyscraper

Go run, run, run
I'm gonna stay right here
Watch you disappear, yeah
Go run run run
Yeah its a long way down
But I'm closer to the clouds up here

You can take everything I have
You can break everything I am
Like I'm made of glass
Like I'm made of paper
Go on and try to tear me down
I will be rising from the ground
Like a skyscraper
Like a skyscraper
Like a skyscraper
Like a skyscraper
Like a skyscraper
Arranha-céuDemi Lovato Revisar tradução
Os céus estão chorando
Eu estou assistindo
Pegando as lágrimas em minhas mãos
Somente silêncio, tem o seu fim
Como se nunca tivéssemos tido uma chance
Você tem que me fazer sentir como se
Não restasse nada de mim?

Você pode pegar tudo o que eu tenho
Você pode quebrar tudo o que eu sou
Como se eu fosse feita de vidro
Como se eu fosse feita de papel
Vá em frente e tente me derrubar
Eu vou me levantar do chão
Como um arranha-céu
Como um arranha-céu

Enquanto a fumaça se dissipa
Eu acordo e desembaraço você de mim
Você se sentiria melhor
Assistindo enquanto eu sangro?
Todas as minhas janelas ainda estão quebradas
Mas eu ainda estou de pé

Você pode pegar tudo o que eu tenho
Você pode quebrar tudo o que eu sou
Como se eu fosse feita de vidro
Como se eu fosse feita de papel
Vá em frente e tente me derrubar
Eu vou me levantar do chão
Como um arranha-céu
Como um arranha-céu

Vá corra, corra, corra
Eu vou ficar bem aqui
Vendo você desaparecer, yeah
Vá corra, corra, corra
Sim, é um longo caminho a percorrer
Mas eu estou mais perto das nuvens aqui em cima

Você pode pegar tudo o que eu tenho
Você pode quebrar tudo o que eu sou
Como se eu fosse feita de vidro
Como se eu fosse feita de papel
Vá em frente e tente me derrubar
Eu vou me levantar do chão
Como um arranha-céu
Como um arranha-céu
Como um arranha-céu
Como um arranha-céu
Como um arranha-céu

Os meus , os teus acordes 17 - Continuação-


Mas a Dani não podia deixar que eu não atendesse , e atendeu por mim .
"Alô?" - Disse Pedro , com aquela linda voz.
" Atenda !" - Danielle sussurrou para mim
Eu , sem muitas escolhas , falei:
"Oi"- Disse , tentando fingir que não estava chorando
"Gabriela , eu te amo"
Eu te amo? Eu não acreditava no que tinha acontecido ali. Um "eu te amo " dele era o que eu menos esperava.
"O que?" - Eu falei , levando-me da cama
" Me perdoe, eu não sei bem o que aconteceu , mas depois daquele dia..."
"Pedro , não fale mais nada . Eu preciso lhe ver agora."
"Agora? "
" Agora."- Eu disse
"Me encontra naquele parque , está certo?"
"Ok , até mais "- E eu desliguei
Disse tudo pra Dani e fui correndo para aquele parque , aquela praça de três dias antes do meu aniversário.
Assim que cheguei ele já estava lá , e eu fui correndo lhe dar um abraço . Ele me beijou , como eu sentia falta daqueles beijos.
"Me perdoe." - Ele sussurrou em meu ouvido.
"Claro que perdoo , e me desculpe também por aquilo que eu te falei quando acordei , por eu ter te afastado de mim , eu não sei o que me deu."- Eu disse , chorando.
"É claro que eu te desculpo , sem você não sei viver."- Ele disse , voltando a me beijar.
Até que ele se afastou e disse :
"Essa vai ser nossa despedida? Eu nunca mais vou poder lhe ver?"
"Claro que não! Vamos nos encontrar escondidos."- Eu disse , trazendo-o para perto de mim.
"Não , essa será nossa despedida , eu vou embora do Brasil. Meus pais voltaram para terminar o que tinha que ser feito por aqui , estou partindo para os EUA, eu só soube no dia do seu aniversário , eu ia lhe contar , e depois de tudo aquilo , não quis atender seus telefones pois pensei que estava com raiva de mim e se eu lhe contasse isso , com certeza não ia mais querer ver minha cara.Me perdoe por ter lhe escondido isso.Eu lhe amo mais do que tudo ." - Ele falou , começando a chorar.
"Você não pode ir! Antes eu ligaria pelo fato de você me esconder. Mas não quero mais ter motivo para ficar com raiva. Você tem que ficar aqui , comigo." - Eu disse , chorando.
"Não adianta , meus pais me obrigaram a ir. "
"Mas quando você vai embora?" - Eu disse , querendo saber.
"Amanhã , de tarde."
"O que ?!"- Eu falei , nervosa.
" Se essa é a última vez que nós vamos nos encontrar , me deixe fazer valer a pena."
Eu apenas me calei , e deixei ele me levar. Para onde quer que fosse , sabia que estava segura em seus braços.

Os meus , os teus acordes 16 - Continuação -

A mãe da Dani deixou ela dormir na minha casa , uma sorte , afinal , a noite só estava começando.
Dani foi logo planejando o nosso planinho de fuga , eu só fiquei olhando , querendo saber onde aquilo iria dar. Danielle tinha planejado tudo para esta noite ainda , mas eu a convenci de fazer para outro dia , e fomos dormir , cansadas.

No dia seguinte , colocamos o plano em prática , disse para meus pais que iria até o shopping com a Dani , para minha surpresa , eles me deixaram ir . Isso era ótimo , mas envés do shopping , fui até a casa de Pedro. Chegando lá embaixo , o porteiro disse que ele não estava em casa. Então eu me lembrei que ele tinha ido para o aeroporto , esperar os seus pais que estavam na viagem , eu tinha que ir até lá.

E lá fomos nós. Dani e eu até o aeroporto , na tentativa de achar Pedro . Até que o enxerguei de longe , aqueles cachos dourados lindos. Ele estava com um moletom preto , uma calça branca e uma tênis da Nike. Cheguei mais perto dele , por trás , e disse :
" Bom-dia , meu lindo."
Ele se virou , e se assustou comigo ,e falou :
"Como você me encontrou?"
"Precisávamos conversar." - Eu disse , tentando me aproximar.
"Agora não dá..."- Ele falou , olhando para a sala de desembarque.
"Me pais chegaram , olhe eles ali."-Ele falou , apontando.
"Por que não retornou minhas ligações?"- Falei , virando seu rosto para mim.
"Gabriela , me encontre no parque perto do circo , amanhã , certo?"- Ele falou , afastando-se
"Mas ... Pedro"- Falei , agarrando sua mão.
Nesse momento seus pais sairão da sala de desembarque e ele foi lá , cumprimentá-los , me senti uma inútil. Retornei até onde Dani estava , e eu a contei tudo . Fomos para casa , fui para meu quarto e retornei a chorar.
"Olha , você vai amanhã para o parque , ok?"- Ela disse , limpando meu choro.
"Claro que não, Dani! Ele não me quer mais, ele só me convidou para esse parque para terminar o namoro. " - Eu disse , enfiando meu rosto no travesseiro.
"Pode ser ,mas você tem que ir para descobrir." - Ela falou
"Não vou fazer isso , não preciso mais passar humilhação."- Falei , pegando um lenço
"Precisa sim! Reaja Gabi!" - Ela falou , pegando no meu queixo
Nesse momento , recebi uma ligação de Pedro , mas não queria atender , não com aquela voz de choro.